CBG decide abrir mão da Taça do Mundo de Ginástica Artística

Pela primeira vez em quatro anos, o Brasil não irá albergar um dos grandes eventos do circuito internacional de Ginástica Artística. E é por opção. Isso porque a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) abriu mão de realizar uma Etapa da Taça do Mundo no país, mesmo tendo o compromisso que a Prefeitura do Rio de Janeiro pagaria o evento. "Foi escolha nossa. Preferimos abrir mão da Copa para preparar as ginastas para a Olimpíada de Pequim. O calendário estava apertado demais", afirma Eliane Martins, supervisora de selecções da CBG.

Quem também concorda com a decisão são os atletas e os treinadores, pois a "Etapa no Brasil tinha que ser no começo do ano, quando ninguém está 100% preparado, ou no final do primeiro semestre, quando nenhum estrangeiro viria para cá, pegar fuso horário e correr risco de se machucar perto da Olimpíada", afirmou Renato Araújo, treinador do Flamengo e da selecção masculina.

A CBG pensou até em contactar a Prefeitura do Rio para albergar, em Dezembro, a Finalíssima da Taça do Mundo, que ocorre a cada dois anos. Mas a Federação Internacional já deu a organização à cidade espanhola de Madrid.

Até aos Jogos Olímpicos ocorrerão cinco etapas da Taça do Mundo, sendo três na Europa, uma no Médio Oriente e outra na Ásia e o Brasil enviará atletas a pelo menos quatro delas.

A ausência de uma competição internacional de primeira linha depois do Pan não é um "privilégio" da Ginástica. Em 2007, a Travessia dos Fortes, a mais tradicional prova de Maratona Aquática, foi cancelada, bem como o GP de Judo, maior competição interclubes do país.

Fonte: Correio da Bahia